Na vida, apenas uma certeza: a morte!
Sabemos que um dia tudo chegará ao fim.
Será que deveríamos saber quando?
Talvez, não… pois viveríamos em função desta data, não a esqueceríamos e acabaríamos deixando de viver.
A angústia da existência se faz presente a cada perda sentida. Quando os filhos crescem, quando um amor acaba, quando perdemos um emprego, quando uma amizade se desfaz, quando um ente querido adoece… em todos esses momentos, inconscientemente, vivemos a angústia da finitude.
É por isso que doi tanto! Porque nos enlutamos, porque nos sentimos sós. E assim é o morrer: a gente morre sozinho!
Mas, como não sabemos esta data, temos a possibilidade de esquecê-la temporariamente todos os dias. E a morte acaba por se transformar, de maneira imperceptível, na nossa grande luta pelo viver. Ela se transforma, de uma certa forma, em motivação, em energia propulsora que nos empurra em busca da felicidade, da satisfação, do prazer e do próprio viver.
A efemeridade da vida transforma, pois, cada dia, cada situação, cada minuto no último minuto. Já que tudo que a gente deixa de viver, pode ser considerado um pequeno morrer. E assim vamos nos habituando com a “existência da ausência” a nos rodear a cada instante.
E no fim, só nos resta tentar fazer da melhor forma. Para que ao final, tudo tenha valido a pena!
MC